domingo, 7 de junho de 2009

Dilma confirma 3º mandato para o mesmo projeto, não mesma pessoa



Vagner Magalhães, JB Online

SÃO PAULO - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou neste sábado, sobre os comentários de que sua eleição seria uma espécie de terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que "não tem terceiro mandato para a mesma pessoa, tem terceiro mandato para o mesmo projeto". "É diferente", disse. Ela deu a declaração ao chegar na casa de Marta Suplicy, no Jardim Europa, zona central de São Paulo, onde será homenageada com um almoço.

A ministra - que é pré-candidata do presidente à sua sucessão em 2010 -se negou a falar diretamente de eleições, mas disse que Lula tem razão ao ser contrário à possibilidade de um novo mandato consecutivo, que veio à tona depois que o deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) apresentou uma proposta de emenda à Constituição que possibilita a mudança.

– Eu acho que o presidente tem razão. O presidente considera que a democracia brasileira é algo ainda frágil, tem 20 anos – disse a ministra. – Agora, não temos como impedir que as pessoas tomem uma iniciativa, apesar das reiteradas negativas. Olhamos e esperamos que, em um determinado momento, entendam que não é esse o projeto do governo.

Ao responder a um questionamento sobre não ter experiência em cargos eletivos, Dilma afirmou que "passar pelo crivo do eleitor é algo muito importante".

– Não tive oportunidade, mas não me nego a isso. Acho que é algo que uma pessoa que atua na política e tem compromisso com a cidadania e com o Brasil tem de se submeter – afirmou, lembrando que também atuou na Secretaria de Energia e Comunicação do Rio Grande do Sul e no Ministério de Minas e Energia. – A mim, nunca foi dada essa oportunidade.

Confirmaram presença no almoço a empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, Viviane Senna, as apresentadoras Ana Maria Braga e Adriane Galisteu, a escritora Leilah Assumpção, a filósofa Marilena Chauí e a historiadora Maria Victoria Benevides. Será servido cuzcuz de camarão, picadinho com batata palha e saladas.

– Venho aqui atendendo um convite da Marta. São todas mulheres bem-sucedidas profissionalmente em diversas áreas – falou Dilma. – Acredito que vai ser uma conversa agradável e muito significativa para mim.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Unicamp, Unesp e USP estudam unificar 1ª fase do vestibular


LUISA ALCANTARA E SILVAda Folha de S.Paulo
USP, Unicamp e Unesp irão discutir uma primeira fase do vestibular unificada. Foi o que ficou decidido ontem, em reunião no CEE (Conselho Estadual da Educação).
Não é a primeira vez que esse assunto entra na pauta --pelo menos desde 2004 já se discutia o tema. O avanço realizado ontem, de acordo com Maria Inês Fini, que representa a Secretaria Estadual da Educação, foi a criação de um fórum para discutir mudanças. "Esse assunto é antigo. O bom é que agora haverá discussão."
Devem participar desse grupo de trabalho, proposto pelo secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt, as três universidades estaduais paulistas, o CEE e a Secretaria Estadual da Educação e a de Ensino Superior.Com isso, o CEE e as secretarias poderão opinar sobre o processo seletivo das escolas, que têm autonomia.
Vogt citou o Enem, que se mostrou como "uma boa forma de avaliação". "O MEC tem uma proposta nesse sentido [de fazer uma primeira fase geral para as universidades federais]. Não estou pregando que seja desse jeito. O que acho é que temos que discutir uma forma."
"O vestibular deve seguir o que é dado no ensino médio, e não o contrário", afirmou Arthur Fonseca Filho, presidente do CEE. Ele acredita que, com a prova unificada, as escolas poderão programar melhor o conteúdo do ensino médio.
Maria Inês citou também a facilidade para o vestibulando. "Vai ser uma prova, uma data."A proposta sugerida ontem foi que, após a primeira etapa, cada universidade faça a segunda fase como quiser e se quiser.
Os representantes das universidades presentes na reunião --Leandro Tessler (Unicamp), Julio Cezar Durigan (Unesp) e Selma Garrido Pimenta (USP)--acharam a criação do fórum "salutar".
"É complicado, porque cada universidade busca um perfil diferente. Mas é uma possibilidade", disse Tessler. Para Durigan, da Unesp, "o ideal seria um aproveitamento direto do ensino médio", mas ele acha boa a discussão. Selma, da USP, disse, após a reunião: "Não posso falar pela USP. Mas a Selma vê com bons olhos [a unificação]. É possível e desejável".

terça-feira, 24 de março de 2009

Consumo de telefone celular: significados e influências na vida cotidiana dos adolescentes

Gilberto Venâncio Luiz
Neste trabalho, objetivou-se analisar o comportamento de consumo de telefone celular entre os adolescentes estudantes, com idade entre 12 a 17 anos, da cidade de Viçosa, bem como os significados desse produto na vida cotidiana destes e os impactos desse tipo de consumo nas relações familiares, extrafamiliares e no orçamento familiar. O estudo foi realizado em três etapas. A primeira etapa constou de aplicação de questionários a uma amostra de 392 adolescentes, que por meio da técnica de cluster analysis, foram definidos perfis de agrupamentos de adolescente em termos de tempo de posse e uso do telefone celular, renda, gastos e existência de conflitos familiares com relação ao uso do aparelho. A análise de agrupamentos demonstrou a formação de quatro perfis de adolescentes com características diferenciadas. Na segunda etapa foi realizada uma entrevista com 40 adolescentes, que já possuíam telefone celular a mais de um ano e que haviam trocado o celular pelo menos uma vez.
Os objetivos dessa entrevista eram analisar os fatores motivadores da aquisição e troca do aparelho, os significados simbólicos do aparelho e as mudanças nas relações familiares e extrafamiliares dos adolescentes. A terceira etapa foi realizada com os responsáveis pelos adolescentes pesquisados na segunda etapa, por meio de entrevista, para verificar o perfil da família e as mudanças ocorridas na família depois que o filho (a) adquiriu o telefone celular e o impacto das despesas deste telefone na renda mensal da família.